5 de setembro de 2010

11 de outubro

Vida maluca. Em novembro de 2008 descobri que teria que tirar umas férias inesperadas até dezembro do mesmo ano. Coincidentemente, na semana do dia 20 de dezembro de 2008, Ilha Grande iria sediar o seu primeiro festival de forró. Depois de ter passado as férias de julho em Itaúnas e apaixonada pela energia do forró, comecei a agilizar a ida pra Ilha. Liguei pra Eli e na hora ela topou. Na semana seguinte ela veio em casa e ainda me mostrou as fotos de um amigo dela, um tal de Tiago que já tinha ido pra Ilha e tinha fotos lindas de lá. Humm... gato esse seu amigo heim Li?
Lá fomos nós. Eu, Eli, Rezona e Eriquita no mesmo quarto. Coicidentemente, na manhã em que chegamos, a Eli encontrou o tal do amigo, que também tinha ido pro festival. Nem cheguei a ver a cara dele.
À noite, o Festival começou com o pé esquerdo. Chuva, barro, horas de atraso, sem música... Mas, forrozeiro que é forrozeiro não deixa o baixo astral durar. Alguém logo ali tinha uma zabumba e outro acolá, um triângulo. Pronto, abriu-se a roda, as sapatilhas sujaram-se de barro e ninguém mais lembrou da zica. Logo logo as coisas se ajeitaram e não parei um minuto de dançar. 
Foi então que o amigo da Eli chegou. E ficou aperreado que não conseguia dançar comigo de jeito nenhum. Não dava tempo. Festival é assim, a galera chega pra sair com os pés cheios de bolhas. Mas o menino, persistente, logo conseguiu o que queria. Menino nooovo, folgaaaadoo... Foi aí que perguntei: "qual é o seu nome, menino, que não para de cafungar no meu cangote?" E ele respondeu: "Tchhhiaguinho". 
E foi assim que tudo começou. Muita gente não conseguia entender como a gente fazia dar tão certo. Idas e vindas, Rio de Janeiro, São Paulo, Vitória. Se vendo de quinze em quinze dias, Nextel e Smile foram nossos patrocinadores. Mas nada fez dar mais certo do que a nossa imensa paixão um pelo outro e a extrema confiança depositada. 
O mundo dá voltas e hoje estamos aqui, na Australia. Moramos na mesma casa, trabalhamos nos mesmos lugares e estudamos na mesma escola. Passamos por maus bocados nos três primeiros meses e nos fortalecemos como casal. 
O Tiago me dá forças, me anima o astral, me dá bronca me fazendo rir, me arrepia a espinha com um beijo. Dança forró como ninguém, adora música brasileira, chora em filme triste e chora mais ainda mais pensando na família. Pensa mais do que fala, fala mais do que todo mundo e ouve o que o mundo todo tem pra falar. É um querido, por onde quer que passe. É o meu amor.
Por todos esses motivos, nunca deixem alguém falar que vamos nos casar por causa de visto. O visto é um pretexto. Um adiantamento de planos. Formalidade. Quero me casar com o amor da minha vida, por ser assim, do jeitinho que ele é.
Dia 11 de outubro, podem marcar a data. 




"Se o amor é tão bonito
Para quer segredo
Não tenha medo
Vamos ser feliz
Paixão, amar, querer
Sorrir, prazer
Tudo é você...
Ai,
Venha que a sanfona, tá rolando
E a noite tá madrugando
Só você não percebeu
Venha que o forró ta se acabando
Todo mundo se amando
Só faltando tu e eu
A noite é linda, e com você
Mais ainda
Venha, temos que aproveitar
Que nada é mais gostoso que amar
Que balance e Embalance
Que me ame e me canse
Que te faço gamar..."