13 de maio de 2013

Living, leaving, learning



That’s my farewell. I’ll be away in three weeks and I know exactly what I’m gonna miss in this beautiful country. Some of you might not know but Brazil is a free country since the Declaration of Independence from Portugal on September 7, 1822. In 1988 slavery was abolished. And even though Brazil it’s a democracy, we’ve been having a very short control of our lives. So now I realize that what I’ll most miss in Australia will be my freedom. To be free to decide to walk wherever I want and whenever I need without worrying what could happen. To be ok about leaving my door opened or my keys in my mailbox and do not think that would be a threat. To decide to park my bike somewhere on the street and go back home by bus because I’m too tired to ride. Or even to ride it at 4 o’clock in the morning because I have to. To not need to have a cage since I have free birds singing by my window and coming to ask for food on my balcony every afternoon. I’ll miss the freedom to choose if I want to quit my job and try a better opportunity as many times as I need in my life. To be able to decide how much I need. If I need money, I work more, I’m better rewarded. If I need spare time, to spend with my friends, with my husband, with myself, I’ll get less shifts and I’ll be happy too. To be able to choose how you’re gonna live your life is a gift. A gift I will always remember.


And what I really understand now is that doesn’t really matter where you go. The most amazing experience is to live abroad. Somewhere you don’t recognise as your safe place. To live a life that you wouldn’t have in your own country. I’ll tell you something, If you haven’t had the opportunity to know people from other countries. They also complain a lot. They complain about their government, they complain about security, employment, health insurance and everything that you are also used to complain about Brazil. So the promise that I make to myself now it’s to try to free myself in my own country. To enjoy to be there more than ever. Because with all its issues, it's the place where I belong to. And because no matter what, I’ll never be free enough in Australia holding a temporary visa.  
And honestly, I love Brazil, and I’m so confident that I’ll love my new life, and I’m gonna still complain a lot as like I fucking do here as well. Life is hard anywhere. Home is where your heart belongs to. 


3 de abril de 2013

Tá tudo assim, tão diferente...


Mais uma etapa chega ao fim. Como tudo na vida, renovando-se em ciclos, hoje foi o último dia do meu amor na Australia e logo mais seu primeiro dia do recomeço de uma nova vida no Brasil. Eu fico por aqui, esperando a visita da minha mãe, da minha irmã e da minha tia Bete. Uma sensação estranha, que não é tristeza, hoje meu coração é só saudade... Saudade de tudo que já vivi aqui com o Tiago e que a partir de hoje é só lembrança. Mesmo ficando aqui mais três meses, minha 'vida australiana' perde um pouco do sentido sem a presença de quem eu escolhi pra estar do meu lado pro resto da vida... 


Hoje aplico meu visto pra turista. Três meses. Meus últimos meses na terra dos cangurus e coalas. No país onde aprendi o valor do respeito, da boa educação, da honestidade. Onde reconheci que não importa o que você faça, você tem o seu valor e deve ser respeitado por isso. Aprendi mais ainda a amar o meu próprio país, a minha cultura, os meus valores e tradições. Nunca deixei de ser brasileira, nem por um momento. Amo a riqueza cultural do meu país, e - apesar de todos os problemas - o Brasil é a minha terra e é lá que eu pertenço. Espero muito estar tomando as decisões certas. Se é que elas existem. Como sempre, na situação de 'conflito interno', minha alma pede por mudança. E eu não quero nunca deixar de ouvir o meu sexto sentido, que diz que preciso sair da minha zona de conforto - novamente - pra evoluir. Não financeiramente, não em questão de status, mas como pessoa. Quero usar tudo o que eu aprendi nos últimos anos, deixar meu espíríto livre pra novas vibrações, novas aventuras, novos desafios. ´


Hoje, eu sinto, é só a primeira página do próximo capítulo das nossas vidas.


Hoje, sou só saudade.









"Mudaram as estações,


Nada mudou


Mas eu sei que alguma coisa aconteceu, 


Tá tudo assim, tão diferente


Me lembro quando a gente


Chegou um dia a acreditar


Que tudo era pra sempre, sem saber


Que o pra sempre, sempre acaba


Mas nada vai conseguir mudar


O que ficou


Quando penso em alguém, só penso em você


Aí então, estamos bem


Mesmo com tantos motivos pra deixar tudo como está


Nem desistir nem tentar, agora tanto faz


Estamos indo, de volta pra casa...."






30 de janeiro de 2013

É hora de partir...

Todo final de ano pede um balanço da vida. Repensar as escolhas, as decisões, os caminhos tomados. Nem sempre o que parecia certo, foi. Nem sempre o que parecia imperdível, era. Tempo de rever as atitudes e respirar ares de recomeço, ainda que alguns digam que é só mais um dia do ano.
As coisas por aqui mudaram um pouco desde a última vez. E, com isso, nossas escolhas também. Em termos de trabalho, as oportunidades ficaram um pouco secundárias por aqui, comparando-se às oportunidades que temos no Brasil. Antigos contatos, novas escolhas. Muita saudade. Tudo parece se encaixar na melhor hora. O verão em Sydney, também acaba. E o inverno é duro, rigoroso. Mas não quero pensar nisso agora. Quero aproveitar o tempinho que me resta aqui.


É tempo de viver os sonhos, expandir o ser.
Viver o conhecimento adquirido, compartilhar experiências, crescer.
É hora de sentir o novo - o inesperado - de novo.
É hora de partir mais uma vez pra busca incessante de ser feliz.