10 de dezembro de 2012

Circular Quay

Ópera House e Harbour Bridge. Assim um mero observador descreveria o Circular Quay. Eu venho aqui pelo menos duas a três vezes por semana, desde que cheguei em Sydney. Trabalho no Museu de Arte Contemporânea, o famoso MCA. O Circular Quay, pra mim, é uma fonte de inspiração. Imagine um lugar repleto de pessoas do mundo inteiro. Turistas dos mais diferentes países, muitos asiáticos. Todos eles com suas hiper câmeras fotográficas perdidos na imensidão de informação desse lugar. Escuta-se o trem chegando e saindo da estação. As gaivotas e seus berros e sua busca incessante por comida. A buzina grave do ferry chegando no harbour. Os aborígenes, com típicas vestes, divulgam o tecno-indígena produzido por seus didgeridoos e fazem graça pra arrumar um trocado. Um senhor toca cowntry music em típico estilo outback australiano, sentado em uma caixa de leite, com sua gaita e violão. Um artista italiano pinta quadros gigantescos e pede trocados pra comprar mais giz pra desenvolver sua arte. Cada dia um entertenimento novo, um cantor, um malabarista, um dançarino. Um gigantesco navio de cruzeiro atrapalha a vista do harbour e reabastece o Quay com centenas de novos turistas ansiosos pra ver tudo isso todos os dias.
É verão em Sydney. O Harbour brilha forte com o céu azul e as noites de lua cheia são espetaculares. A lua nasce bem atrás do Ópera House, trazendo um brilho diferente às movimentadas águas do Circular Quay. Não há como resumir esse lugar em duas palavras.

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